Aulas de música aguçam percepção sonora dos bailarinos do Corpo de Baile de Itajaí
- comunicacaocorpode
- 6 de ago.
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Um conjunto de sons e silêncios dá forma ao ritmo. É entre essas alternâncias de elementos que a música oferece o pulso, a métrica e o tom para a dança. Orientados pela professora Débora Mazoti, os bailarinos do Corpo de Baile de Itajaí participam das aulas de música do projeto, que visam ampliar a interpretação corporal, o sentir sonoro e o executar musical.
As aulas propõem exercícios sonoros, que utilizam o corpo, a voz e instrumentos musicais para ampliar a expressividade artística. Ao longo do ano, a proposta é trabalhar elementos fundamentais da música — como ritmo, melodia e movimento corporal — e contribuir com a formação integral do grupo.
Para a professora, trabalhar com o público da dança tem sido uma experiência inovadora. Ela relata que, nas primeiras aulas, ao observar o aquecimento dos bailarinos, percebeu que muitos alunos dependiam da contagem feita pelas demais professoras para sincronizar os movimentos com o pulso da música.
“A aula de música dentro do Corpo de Baile complementa a parte rítmica, mas também ajuda o grupo a entender onde o som começa e termina, sua duração e o que o corpo pode expressar nesse tempo. Isso tem sido extraordinário. Podemos trabalhar sequências de sons, timbres, tempos e variações, que certamente vão auxiliar no processo de leitura, memória corporal, reflexos e expressividade na dança”, ressalta Débora.
Fotos: Thiago França
Sophia Bastos, 11 anos, acredita que a música tem papel fundamental na sua formação como bailarina: “Entender a estrutura musical me permite dançar com mais consciência, fluidez e conexão com a trilha sonora. Hoje, sinto que a música não é apenas um fundo para o que dançamos, mas algo que guia, inspira e dá vida ao movimento. As aulas me mostram como corpo e som caminham juntos”, afirma.
Já Olivia Gabrielli Gualberto, 13, diz que passou a entender melhor os tempos musicais e como encaixar os exercícios na música: “Senti que a música contribui muito para o meu processo de memorização, tanto no ballet quanto em outras atividades. Também desenvolvi mais a percepção de grupo e de espaço, o que é essencial para quem dança em conjunto”, pondera.
As atividades de música, assim como as demais atividades do Corpo de Baile, iniciaram em abril e seguem até novembro. Os encontros são semanais e acompanham a preparação do grupo de 25 bailarinos selecionados pelo projeto, que realizará apresentações no segundo semestre. A expectativa é que o espetáculo de encerramento traga uma peça que una expressividade corporal, cênica e musical em uma única apresentação.
Sobre o projeto
O Corpo de Baile de Itajaí visa à formação de futuros bailarinos profissionais, por meio de aulas, workshops e oficinas gratuitas de formação técnica fundamental. A iniciativa é uma realização do Hama Espaço Artístico, por meio do Programa de Incentivo à Cultura (PIC) do Governo do Estado de Santa Catarina, aprovado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com incentivo da Havan e da Usimetal.















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